Paulo não se limita em elogios a Igreja dos Tessalonicenses. Dentre eles, o apóstolo afirma que eles se tornaram modelos para outros irmãos na Macedônia e na Acaia.
Temos carência hoje de comunidades que sejam modelo, que nos inspire a caminhar no Evangelho. Olhamos para os lados e ficamos extremamente desmotivados com o tipo de “Espiritualidade” que nos rodeia. Cada vez que caminho; tenho menos vontade de ser cristão.
Precisamos de modelos, eles são necessários para que haja motivação em continuar a viver a fé para qual Cristo nos chamou.
De que maneira a Igreja de Tessalônica pode nos inspirar na caminhada cristã:
1. Primeiramente, a igreja de Tessalônica nos ensina a não receber a palavra como pregação humana, mas como poder de Deus (vs. 5). Para um local onde a filosofia era a verdade dos homens, onde tudo girava em torno da teoria dos pensadores, o Evangelho poderia ser confundido facilmente com mais uma filosofia oriental que havia sido importada. Hoje muito do que dizemos ser a fé cristã, não passa de uma mistura de filosofias gregas e lendas judaicas que fazem sentido a razão. A mensagem de Paulo não fazia sentido para aquele povo, era loucura, insensatez, escândalo. Diante disso só há duas alternativas, ou tentasse racionalizar a fé e readequá-la para que seja aceita a mente, ou a recebemos como poder de Deus na prática de vida. Paulo diz que a palavra gerou convicção naqueles irmãos, foi capaz de transformá-los. Fico com a impressão de que quanto mais explicamos a Bíblia, menos a praticamos.
2. Os Tessalonicenses nos inspiram a decisões radicais pela vitalidade da palavra de Deus. Tornar-se um discípulo de Jesus é completamente diferente do que hoje chamamos de “virar um crente”. Jesus era chamado Filho de Deus e Senhor, uma afronta direta a César. Toda a vida social girava em torno da adoração aos ídolos e do culto ao Imperador. Dizer que Cristo era o único Senhor significava um rompimento total com uma cultura que escravizava e alienava as pessoas. Nossa caminhada cristã tem sido libertadora? Nossa fé tem nos levado a decisões radicais ou alienadas? Estamos cientes das conseqüências da fé em Cristo?
3. A fé desta Igreja nos inspira a prepararmos o mundo na esperança da volta de Cristo. Se lermos a Bíblia com honestidade e sem dogmas, perceberemos que poucos são os textos que defendem a existência do céu como “outra dimensão”, o nosso destino após a morte. Os judeus não criam no céu como o destino eterno da alma dos crentes. O céu não é apenas o nosso destino, mas sim o nosso dever, nosso trabalho. O céu é um processo que se inicia com a fé ativa, o amor que se sacrifica e a esperança de que o Senhor da Terra virá para concluir nossa obra. Preparamos o mundo para ser o Tabernáculo de Deus, na esperança de sua volta gloriosa.
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