quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Pastores ateus continuam liderando suas igrejas
Dois ministros ativos em suas igrejas perderam a fé, mas dizem que ninguém sabe disso.
“Eu sou ateu”, diz ’Jack’, um pastor afiliado à Convenção Batista do Sul, com mais de 20 anos de ministério. ”Vivo minha vida como se Deus não existe”, diz ‘Adam’, que faz parte da equipe pastoral de uma pequena igreja em um dos estados mais religiosos dos EUA. Os dois, que pediram para terem suas identidades protegidas, são pastores que perderam a fé. Ambos construíram suas vidas e carreiras ao redor da fé, mas agora dizem sentir-se encurralados, vivendo uma mentira.
“Passei a maior parte da minha vida acreditando e buscando essa fé religiosa chamada cristianismo. Ao chegar a este ponto de minha vida, simplesmente não sinto mais que posso crer nele. Quanto mais eu lia a Bíblia, mais perguntas eu tinha. Quanto mais as coisas que ela afirma não faziam sentido para mim, mais dificuldade eu tinha.”, afirma Jack.
O pastor Jack disse que há dez anos começou a sentir sua fé se esvair. Ficou incomodado com as inconsistências no relato dos últimos dias da vida de Jesus, a improbabilidade de histórias como a “Arca de Noé” e as ideias expressas na Bíblia sobre as mulheres e seu lugar no mundo.
“Ler a Bíblia foi o que me levou a não crer mais em Deus”, conclui. Ele diz ainda que era difícil continuar trabalhando no ministério. “Comecei a olhar para isso como apenas uma atividade profissional e faço o que tem de ser feito”, disse. “Venho fazendo isso há anos.”
Adam disse que suas dúvidas iniciais sobre Deus vieram ao ler o trabalho dos chamados neoateístas – autores populares como o cientista Richard Dawkins. Ele disse que seu objetivo era fazer uma pesquisa para ajudá-lo a defender sua fé.
“Pensava que Deus fosse grande o suficiente para lidar com todas as perguntas que eu pudesse ter”, afirma. Mas não foi isso que aconteceu. ”Percebi que tudo que me ensinaram a acreditar era uma espécie de abrigo seguro. Eu nunca realmente me interessei pelo ensino secular ou por outras filosofias… Eu pensava, ‘Ó, meu Deus. Estou crendo nas coisas erradas? Será que passei toda minha vida e ministério pregando algo que não é verdade?’”, relata Adam.
Ele disse que temia pela salvação de sua alma. “No momento que sentia estar perdendo a fé, mas ainda temia por minha salvação, pedi a Deus que tirasse minha vida antes que eu perdesse totalmente a fé”, lembra Adam. O pastor agora se considera um ‘agnóstico ateísta’. “Não acho que podemos provar que Deus existe nem que ele não existe”, disse. “Vivo a minha vida como se Deus não existisse.”
Ele e Jack dizem que quando pregam aos fiéis, tentam ater-se às porções da Bíblia que ainda acreditam – as que ensinam como ser uma pessoa boa. Ambos disseram que gostariam de abandonar seu ministério, mas não têm condições.
“Quero sair da situação que estou o mais rápido possível, porque tento ser uma pessoa de integridade e caráter”, disse Adam. “Com a economia do jeito que está, minha falta de capacitação para o mercado e apenas com o diploma do seminário, fico em uma posição difícil.”
Revelar o ateísmo secreto ‘será devastador’
Jack disse que seu segredo o faz sentir isolado e que certamente perderia um monte de amigos se admitisse que deixou de ser cristão. Sua esposa não sabe e ele acredita que possivelmente iria perdê-la também. ”Será algo muito confuso para ela”, disse Jack. “Será muito devastador e vai levar algum tempo para trabalharmos essa questão.”
Adam disse que sua esposa sabia de sua crise de fé, mas não que ele a perdera completamente. “É uma situação muito difícil. Não consigo pensar em outra carreira que seja tão drasticamente afetada por uma mudança de opiniões ou ideias”, disse ele.
“No começo, tive medo que, se perdesse minha fé, me tornaria uma pessoa horrível“, disse Adam. “Desde que perdi a fé percebi que ela realmente não tinha influência sobre quem eu sou, meu caráter e minhas ações. Não vivo de maneira diferente do que vivia quando era um crente fervoroso.”
Adam e Jack foram incluídos em um relatório do filósofo Daniel Dennett (foto)-professor da Universidade Tufts e um ateu conhecido – e de sua co-pesquisadora, Linda Lascola. Eles continuam com sua investigação sobre o clero descrente. É possível ler o material produzido por eles AQUI (em inglês)
A rede ABC News contatou os dois pastores através de Dennett e de LaScola. Verificamos suas identidades e os cargos que ocupam e conduzimos as entrevistas separadamente.
Fonte: ABC News
Texto retirado do maravilhoso PavaBlog: http://www.pavablog.com/2010/11/12/pastores-ateus-continuam-liderando-igrejas-nos-eua/
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
MILAGRES ACONTECEM...
Britânica ficou curada de câncer depois que fetos deslocaram tumor com chutes
Michelle Stepney e suas filhas Alice e Harriet (Foto: Cancer Research UK/Divulgação) |
Uma britânica que descobriu um câncer durante a gravidez foi salva pelos chutes dos fetos, que expulsaram parte do tumor.
Michelle Stepney, de 35 anos, estava grávida de gêmeas quando foi levada para o hospital com um sangramento.
No início, os médicos suspeitaram de um aborto, mas logo descobriram que ela estava com câncer cervical e que acabara de expelir um pedaço do tumor do colo do útero.
"Eu não poderia imaginar que os chutes que eu sentia seriam tão importantes. Eu mal pude acreditar quando os médicos disseram que os movimentos tinham expulsado o tumor", diz Michelle.
Os oncologistas sugeriram que ela fizesse quimioterapia e retirasse o útero para remover o câncer por completo, o que significaria o fim da gravidez.
Michelle conta que, depois de muito refletir, decidiu seguir em frente com a gestação e foi submetida a doses limitadas de quimioterapia, aplicadas a cada 15 dias.
As gêmeas, Alice e Harriet, nasceram na 33ª semana de gravidez de cesariana. As meninas estavam em perfeito estado de saúde, mas nasceram sem cabelo por causa dos efeitos da quimioterapia.
Quatro semanas depois do parto, Michelle foi submetida a uma cirurgia para retirada do tumor e do útero. Os médicos acreditam que ela esteja curada.
A britânica disse que deve "a vida às filhas".
No dia 12 de fevereiro, Michelle receberá o prêmio "Mulher de Coragem" do Cancer Research UK, um centro na Grã-Bretanha dedicado a pesquisas sobre o câncer.
Fonte: BBC
A MONSTRUOSIDADE HUMANA E O EVANGELHO DA CURA
O delegado chamou o assassino de “animalesco”, porém, acredito que tal comparação é uma ofensa aos animais “irracionais”. Na fauna não é comum ver animais se matando por motivos tão banais, acho que o melhor adjetivo seria monstro¹, pois são os monstros que matam por prazer, desprovidos de humanidade, matam com requintes de crueldade e sem motivo “plausível” (se é que existe motivos plausíveis para matar).
Acredito que essa situação serve como um alerta para os verdadeiros cristãos, chegamos a um ponto crucial: Por muitos anos pregamos um evangelho que salva, mas que não cura ou mesmo transforma. Sendo assim, a mensagem de Cristo precisa ser terapêutica, e não salvadora.
O que eu entendo por salvadora: Quando afirmamos que a mensagem do evangelho é a mensagem de salvação, quase sempre estamos falando de um evento transcendente, futurista e que pouco têm implicações práticas no dia a dia do cristão. Sendo assim, tudo que fazemos como crentes salvos é apenas um reforço da nossa condição de salvos que só se concretizará no dia de nossa morte. “trocando em miúdos”, o evangelho da salvação é um evangelho que apenas fornece um passaporte para céu, para uma vida confortável no além, ou, somos salvos do inferno.
A história mostra que esse tipo de mensagem de fuga apenas reforçou em nós a condição de seres monstruosos. Pecamos e ficamos tristes, não pelo pecado, mas pela possível “perda da salvação”. Daí, surge a penitência, os castigos físicos e psicológicos e a futura reincidência no mal. Isso porque não fomos ensinados a entender que o pecado destrói nossa humanidade, e não a nossa relação com Deus. Demorei muito a entender (e de certa forma ainda não entendo plenamente, nem nunca entenderei) o amor incondicional de Deus, mas hoje sei que o pecado não interfere em nada no amor que Deus tem por mim. Contudo, Deus procura manter uma relação com o ser humano, e o pecado tira de nós essa condição de seres humanos, nos assemelhando cada vez mais a monstros.
Portanto, precisamos de um evangelho que priorize a ação terapêutica de Deus e isso implica dizer que o projeto de Deus é que sejamos novas criaturas hoje, agora, já nesse exato momento. Não precisamos ser salvos do inferno metafisico, mas sim, curados do inferno dos nossos desejos e instintos, pois este habita o coração e a mente das pessoas diariamente. Precisamos nos perguntar sobre como fazer do evangelho um remédio para curar os males de uma humanidade doente e deformada. A intenção da cura nunca deve ser com o objetivo de para ir para céu, mas com o objetivo de ser alguém melhor.
Jesus disse que aquele que tem o evangelho em si é como o sal da terra e a luz do mundo. Naquele tempo, esses eram os bens mais fundamentais para sobrevivência humana. Sem o sal, não era possível conservar alimentos, e sem alimento é impossível manter-se vivo. A luz, num mundo que não conhecia a energia elétrica, era essencial para que o homem pudesse ver e discernir o mundo no meio da escuridão total. Sendo assim, a deterioração da essência humana não significa que evangelho que vivemos já está insosso a muito tempo? O futuro sombrio que vislumbramos não seria consequência do evangelho sem luz que anunciamos?
Em meio a tanta monstruosidade, apenas reconheço que preciso todos os dias voltar para os ensinos de Jesus em busca de remédio para curar minhas doenças internas, abandonando as “tábuas da salvação” que me alimentam minha hipocrisia².
terça-feira, 17 de agosto de 2010
NOVOS EVANGÉLICOS: É DISSO QUE PRECISAMOS?
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Crentes que duvidam (texto de Caio Fabio)
quarta-feira, 3 de março de 2010
VAIDADE MODERNA
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Mãe, apelidada de "Barbie Humana", injeta botox no rosto da filha de 16 anos
Uma adolescente de 16 anos acaba de fazer história no mundo obsessivo das intervenções estéticas. O jornal Daily Mail publicou hoje a história de Hannah : a menina inglesa que começou a se submeter no ano passado, quando tinha 15 anos, a injeções de Botox no rosto, aprovadas pela mãe, numa clínica na Espanha. Agora, a própria mãe aplicou uma nova leva de injeções nos músculos faciais da filha (foto acima).A adolescente explicou candidamente à repórter: ”Eu queria colocar botox por duas razões : previne rugas e todo mundo na minha escola estava falando sobe B”.
Quem diria: botox passou a ser apelidado carinhosamente pelas adolescentes somente pela inicial…B.
Quem a levou a pensar em botox e, pior, quem aprovou, pagou e aplicou as injeções no rosto de Hannah foi a mãe, segundo o tabloide inglês.
Mães costumam ser modelos para as filhas. E esta certamente é : Sarah Burge já se sujeitou a mais de 100 procedimentos cosméticos dos mais variados níveis e profundidades, a um custo de meio milhão de libras (R$ 1 milhão 350 mil) . E por isso ficou conhecida como a Barbie Humana. Sarah trabalha com isso : é esteticista.
A filha recebeu metade da dosagem da substância normalmente administrada em adultos.
Objetivo? Prevenir rugas no futuro.
Hannah hoje tenta celebrar um título mundial : depois de pesquisar na internet, viu muitos exemplos de adolescentes colocando botox aos 16 anos, mas, aos 15, ela seria a mais jovem da história…As primeiras aplicações foram no ano passado, quando era apenas uma debutante na vida – e o espelho passou a ser seu inimigo.
Seu depoimento para o jornal provoca calafrios:
“Eu tinha umas duas rugas na testa e ao lado da boca, e não estava nada contente com isso. Aparência é importante para mim e não quero parecer horrorosa (ugly) quando eu tiver 25 anos. Algumas amigas me disseram que, quanto mais cedo a gente coloca botox, menos rugas a gente tem quando adulta”.
A mãe se considera especialista neste tipo de procedimento, ficou muito excitada, segundo o Mail, com a decisão da filha, e achou sensacional que Hannah tenha sido “franca e honesta” sobre seu desejo, em vez de fazer escondido.
A Barbie Humana, que tem três filhos, se orgulha muito de ter decidido aplicar, ela mesma, as injeções. “Eu seria hipócrita se dissesse não, depois de já ter feito tantas plásticas no corpo e no rosto. Sei que muitos pais e mães ficarão horrorizados com minha atitude “- disse ela ao Daily Mail – “mas meu envolvimento direto foi uma forma de proteger minha filha de esteticistas charlatães ou inexperientes”.
Sarah, que já fez implantes na bochecha, e vários lifts e lipoaspirações, além de três plásticas no rosto, considera ter tomado uma atitude muito responsável ao assumir pessoalmente a aplicação das injeções.
Mas cirurgiões entrevistados pelo tabloide ficaram chocados com a idade da menina. E alertaram para os perigos dos excessos de botox, que podem provocar paralisia nos músculos faciais.
Hannnah, porém, se considera imune a esses perigos. E acha que será jovem eternamente, sem rugas e com a ajuda da mãe, sua musa inspiradora.
O que você acha da história de Sarah e Hannah ? A filha é o retrato de uma geração obcecada com a “beleza” e a “juventude”? A mãe agiu certo ou deveria ter proibido a filha de colocar botox, pelo menos antes de ser maior de idade ? Ela pode estar usando a filha como cobaia e deveria ser punida?
Fonte: http://colunas.epoca.globo.com/mulher7por7/2010/03/03/mae-apelidada-de-barbie-humana-injeta-botox-no-rosto-da-filha-de-15-anos/
terça-feira, 2 de março de 2010
SEM INTERNET
Estou sem internet residencial e por isso ainda não pude atualizar o blog. Espero que esse problema se resolva até o final dessa semana.
Abraços a todos.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
ATÉ QUE PONTO DEVO LUTAR PELA VIDA?
Estrelado por Cameron Diaz, o filme fala de uma família desestruturada pela Leucemia que acomete a filha mais velha. Desesperada em buscar uma cura para filha, Sara (Cameron Diaz) recebe um conselho nada ético de um médico que aconselha uma fertilização in vitro para que seja gerado uma criança com 100% de capacidade para tornar-se futura doadora para a irmã mais velha. Nasce então Anna (Abigail Breslin, Pequena Miss Sunshine).
Já no seu nascimento, Anna já torna-se doadora da irmã. Durante toda sua vida a criança é submetida a vários procedimentos, que inclui a doação de sangue, de medula óssea, a ingestão de hormônios do crescimento e drogas para estimular a produção de células tronco... Enfim, vários processos que maltratam a criança por anos.
Aos 11 anos, Anna decide processar seus pais para que eles não tenham mais o direito de forçá-la a ser doadora da irmã, já que o próximo passo da mãe seria a retirada de um rim para ajudar a filha mais velha, que estava com falência nesse órgão. Nesse empasse, o filme mostra o desespero de uma mãe em ajudar sua filha, chegando ao ponto de travar uma batalha judicial com a própria filha pelo direito de forçá-la a fazer o transplante.
Ao olhar apenas para filha doente, Sara deixou para trás o resto da sua família. Não cuidou bem do filho que possuía dislexia e se sentia abandonado. Também não cuidou bem do casamento, já que vivia em função da filha; abandonou emprego e passou a ter dedicação exclusiva a filha doente.
Podemos recriminar Sara, mas acredito que todos nós temos um pouco desta impetuosidade. Sara não conseguia aceitar o fato de perder sua filha, e ela estava disposta a tudo. Mesmo sabendo que talvez não conseguiria salvar a filha, ela queria viver com a certeza de ter feito o máximo para cuidar dela. Desistir e esperar a morte chegar era algo inadmissível para aquela mãe obstinada.
Até que ponto devo lutar pela vida? Essa é a grande pergunta do filme. Sara não percebia que havia ultrapassado vários limites. Abandonou a família e gerou uma filha para que servisse como peça de reposição. Nunca pensou em como poderia prejudicar a vida da mais nova retirando um rim. Quem já doou um rim sabe como a vida torna-se mais limitada, com dietas e regras que tolhem a liberdade. É justo exigir de uma criança de 11 anos que faça uma escolha que afetará a sua qualidade de vida? É justo não dedicar o cuidado necessário aos outros filhos para que cresçam com saúde física e psicológica?
Aceitar a morte significa uma derrota? A vida deve ser mantida a todo custo? O alvo da medicina deve ser sempre manter a vida, ou também seria auxiliar no doloroso processo da morte? Essas perguntas me levam a pensar sobre como lidar com a morte, algo muito necessário nos nossos dias. A realidade da morte esteve bem presente na minha vida e de meus familiares ultimamente, e nesse momento percebi o quão despreparados estamos para lidar com ela.
Diante de uma doença terminal, muitos decidem lutar a todo custo pela vida, mas outros também decidem aceitar a situação e viver a vida da melhor forma até que a morte anunciada chegue. Estes últimos, podemos chamar de derrotados, fracassados ou mesmo incrédulos porque aceitaram a morte como um destino inevitável? Qual a divisão entre prolongar a vida e prorrogar a morte? Viver de qualquer maneira é melhor do que receber a morte com serenidade?
Não sei como responder essas perguntas, e não sei também como agiria se estivesse no lugar da Sara. O que eu sei é que preciso lhe dar melhor com a morte. Apavoro-me com a idéia de perder alguém que amo, assim como não suporto o fato de que um dia morrerei. Portanto, considero um alvo de amadurecimento espiritual a capacidade de refletir para compreender melhor esse processo de findar a vida.
Na Espiritualidade Cristã a morte não é tratada como o fim da existência e dos relacionamentos. A própria morte não é o fim, já que a ressurreição é a superação dessa realidade tenebrosa e sem esperança. Suspeito que essa verdade não tem habitado os nossos corações. Sendo assim, preciso guardar em mim a compreensão de que a vida não se resume a essa existência terrena. Não vale a pena lutar pela vida relativizando a existência e a importância dos que me cercam.
Desconfio que quando Jesus nos falou sobre vida plena, ele não falava de uma vida de saúde e prosperidade, mas de uma vida capaz de se enxergar como eterna, vida que nem a morte lhe arranca a esperança.
Profetizando a Esperança (Amós 7:10)
Pelo simples fato de que nunca haverá profetas e nunca haverá Esperança enquanto aceitarmos que o mundo em que vivemos está determinado por Deus. Para o verdadeiro profeta, o mundo não é produto da vontade de Deus, mas sim das escolhas do homem. A Profecia traz a Esperança porque ela revela novas oportunidades, revela que Deus tem outros caminhos que podem ser trilhados. A escritora Mia Couto define Esperança como aquele sonho que habita os homens em locais inacessíveis, onde a violência e a barbárie não podem golpear ou destruir. É a capacidade de renovar-se e lutar apesar de tudo que nos leva a pensar o contrário. Esperança não é um sentimento de passividade, mas uma força interior que gera atitude.
A profecia lança esperança porque resgata os valores de Deus. O mundo de Amós era coberto pela ignorância e insensatez. O profeta denunciava que os dízimos eram frutos do roubo e da exploração. Os sacrifícios de animais representavam um ato de remorso, e não um ato de contrição e arrependimento real. O profeta é alguém que anuncia a vontade Deus, que prega os valores que constitui o caráter divino e que devem ser replicados no nosso caminhar diário. Não há esperança sem resgate de valores, e isso é papel da profecia. Existe uma frase que diz que “quando não sabemos aonde chegar, todos os caminhos são válidos”. Esse é o nosso mundo, onde tudo é valido porque caminhamos sem direção, sem esperança.
A profecia gera esperança porque não se preocupa com interesses pessoais, mas com o grupo. O profeta não prega contra pessoas, não denuncia falhas pessoais, não aponta o dedo na cara de ninguém. O profeta sempre luta pelo bem comum. Sua mensagem não é para uma determinada classe, mas é universal. Fala a todos, fala ao oprimido para que não curve sua cabeça diante de tudo que lhe é imposto, e fala também ao opressor, para que reveja a maneira como trata o seu próximo. A mensagem cristã só será uma profecia de esperança quando realmente for universal, quando for compreensiva não somente a evangélicos, mas também aos que são diferentes e que não fazem parte do meu grupo. O profeta não entra em jogo de interesse, pois seu interesse é pelo bem de todos.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Calou-se a voz da Igreja Betesda
Nunca me esquecerei das noites onde a dobradinha Allison e Ricardo Gondim nos levava a momentos de arrebatamento na presença de Deus, profundamente tocados pelo Espírito Santo que fluía através da musica, da voz e da adoração sincera. Um artista que não permitia que seu talento afogasse o espírito de adorador que lhe enchia o peito.
Homem de voz poderosa e olhar doce, sua arte era singular assim como o tamanho do seu coração. Se já não bastasse o talento dos anjos que louvam a Deus nos céus, agora o coral celestial contará com o reforço poderoso e a nós cabe apenas viver com esse enorme desfalque.
A nós hoje cabe apenas lamentar sua perda e orar por sua família, que mais do que nunca precisará de todo apoio e consolo.
Cante na eternidade Pr. Allison! Emocione o coração de Deus da mesma forma como nos tocou por todos esses anos.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Uma breve pausa
Estou me dedicando a escrever para a mensagem que estarei levando para o retiro 2010. Assim que passar esse período eu voltarei a atualizar o blog.
Obrigado pela atenção.
Abraços
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Dê um UP na sua vida!
sábado, 30 de janeiro de 2010
Tolerância
Tolerância hoje é um artigo de luxo em nossa sociedade “moderna”. No meu trabalho flagro diversos momentos de intolerância entre os alunos da escola, entre os gestores e coordenadores... Enfim, em todas as esferas há intolerância.
Antes de qualquer coisa, o que significa a palavra tolerância?
Proveniente do latim (tolerare), o termo significa suportar, sustentar. Em sentido amplo, a palavra denota o grau de aceitação de um elemento contrário a uma regra moral, cultural, civil ou física. Num contexto mais atual, diríamos que significa a capacidade de conviver com indivíduos ou grupos que possuem valores diferentes daquilo que é o consenso entre a maioria.
Dito assim é difícil entender por que, em um mudo tão diversificado quanto o nosso, a tolerância é uma característica rara no nosso caráter. A verdade é que, quanto mais diversos somos, menos tolerante nos tornamos.
Tolerância é uma das características do novo milênio que precisa ser cultivada em todos os nossos níveis de relações, e além de tudo é constituinte do caráter cristão. Jesus, apesar do quem pensam muitos “cristãos”, sempre demonstrou um espírito tolerante. Com os pecadores, aqueles “elementos contrários a regra moral do grupo”, ele foi além da tolerância, exercendo também uma atitude acolhedora, inclusiva.
Nem mesmo com os seus inimigos Jesus foi intolerante. Não se esquivava dos encontros calorosos, dos debates polêmicos. Sempre ouviu suas doutrinas, mesmo sem concordar com elas e levantou-se contra tudo que não gera vida. Sendo assim, ser tolerante não significa concordar com todas as opiniões, com todas as crenças, com todos os “caminhos”. O intolerante é aquele que confunde idéias com pessoas, e exclui o outro simplesmente por não ser ou pensar como você.
Precisamos reavaliar até que ponto somos realmente tolerantes. Sem essa qualidade, é insuportável conviver. Até que ponto “minha verdade” é tão fechada que exclui quem vive e pensa com outras “verdades”? Defender a “verdade” sempre será uma atitude intolerante? Gandhi, um indiano que rejeitava o cristianismo e tinha sérias críticas ao apóstolo Paulo, parece ter entendido uma verdade cristã essencial: nunca veremos além de uma parte da verdade, e como espelho, ela pode ser vista de diversos ângulos.
sábado, 23 de janeiro de 2010
DEZ PRINCÍPIOS PARA SER BEM-SUCEDIDO
01 - Creia que sua vida cumpre um propósito divino na terra. Você é influenciado pelos genes que herdou de seus pais e é bastante "circunstancializado" pelo meio no qual vive. Entretanto, mais forte que as determinações genéticas e os condicionamentos do meio social, é o seu chamado para ser. Você foi criado como um sacerdote neste universo de Deus. Por isso, você existe e sabe que existe. Encha sua consciência com esse significado. Quando você assumir sua vocação para ser, as outras pessoas vão "encontrar" você.
02 - Creia que seu dia ganha força e energia espiritual quando você ora. Portanto, ore sempre. Mesmo nos seus afazeres. Sempre que uma notícia ou informação lhe chegar, entregue-a a Deus. Ofereça a Deus os potenciais e as possibilidades que cada fato, percepção ou impressão lhe trazem ao coração. Além disso, pare um pouco todos os dias, ainda que seja só um pouco, e ore. Dê graças por tudo e abrace o Senhor no seu coração. Quando orar, peça coisas específicas, mas não se esqueça de sempre terminar de modo submisso e geral, dizendo: "Seja feita a tua vontade, assim na Terra como nos céu". Afinal, você não sabe se o que quer é o melhor. Mas o Senhor sabe!
03 - Creia que a maior inteligência que Deus lhe deu não é a intelectual nem a emocional, mas sim a inteligência. "O coração tem razões que a própria razão desconhece". Usar a cabeça (inteligência intelectual) e saber se relacionar com o próximo e as circunstâncias (inteligência emocional) é fundamental. Mas não é essencial. O essencial habita os mistérios do espírito, no mundo do coração. Portanto, dê atenção aos seus sonhos noturnos e aos seus sentimentos perceptivos. Quando você tiver uma "impressão", não a despreze de cara. Medite. Ore. Discirna. A resposta pode estar no passado. Mas, às vezes, trata-se de uma intuição profética. Pode ser um alerta sobre o futuro. Nesse caso, ore, corrija a rota e prossiga.
04 - Creia que quando alguém ama a Deus e ao próximo e respeita a vida, então tudo ganha sincronicidade e conectividade. Isso é apenas um outra forma de dizer que "todas as coisas cooperam para o bem dos que amam a Deus". O amor a Deus traz sentido para a sua vida. O amor de Deus transforma o cenário mais absurdo numa conspiração do bem.
05 - Creia que a leitura bíblica feita com os olhos do coração ilumina a alma e os caminhos da Terra. Ler a Bíblia é importante. Mas lê-la com os olhos da alma é essencial. Quem lê com o intelecto enxerga textos e os compreende. Quem lê com o coração discerne "caminhos sobremodo excelentes". Faça da leitura bíblica não apenas um meio de fortalecimento espiritual. Leia-a como caminho de descoberta e de insights para a sua visão do mundo, de si mesmo e de Deus.
06 - Creia que uma atitude mental positiva tanto é resultado de uma espiritualidade sadia como também pavimenta o caminho de todo ser humano bem-sucedido. Eu costumo dizer que mesmo ateus-positivos se dão melhor na vida que ateus-negativos. O mesmo princípio se aplica a cristãos.
07 - Creia que generosidade e dadivosidade são forças espirituais poderosas que atraem para quem as pratica as melhores oportunidades e possibilidades da vida. Por isso é tão importante dar dízimos e ofertas. Escolha causas, projetos e pessoas nos quais você acredita e dê no mínimo dez por cento dos seus ganhos para essas iniciativas. De fato, fazendo assim, você está abrindo portas invisíveis para você mesmo. E lembre-se: faça isso com entusiasmo e alegria.
08 - Creia que o que diferencia o fazer do não-fazer é apenas uma decisão seguida de gesto simples. Assim sendo, nunca adie o início de qualquer coisa na qual você acredita se a oportunidade se apresentar e seu coração responder com paz e fé. O gesto necessário, tanto para se levantar de cama quanto para levantar a cama, é um só: colocar-se de pé. Daí Jesus ter dito: "Levanta-te, toma teu leito e anda".
09 - Creia que a melhor composição de imagem exterior e de virtude interior para um cristão é aquela que combina a "simplicidade dos pombos" (imagem exterior) com a "prudência das serpentes" (virtude interior). Sendo assim, seja astuto por dentro e simples por fora. Sempre dá certo e protege a vida.
10 - Creia que a maior bênção de possuir uma consciência é poder usá-la para auto-examinar-se todos os dias. Quem se auto-examina resiste melhor às criticas, pois se utiliza delas para diminuir seus próprios equívocos, e se mostra imune a eles quando a consciência o convence de estar fazendo aquilo que é certo. Auto-exame é o que faz a diferença entre aqueles que vivem para preservar sua imagem e a reputação daqueles que vivem para o que é verdadeiro e real.
Caio (www.caiofabio.com)
Escrito em 2003
Conselhos para termos um ótimo 2010.
Abraços