Então Jesus disse ao que o tinha convidado: "Quando você der um banquete ou jantar, não convide seus amigos, irmãos ou parentes, nem seus vizinhos ricos; se o fizer, eles poderão também, por sua vez, convidá-lo, e assim você será recompensado.
Mas, quando der um banquete, convide os pobres, os aleijados, os mancos, e os cegos.
Feliz será você, porque estes não têm como retribuir. A sua recompensa virá na ressurreição dos justos".
Lucas 14:12-14
Pense comigo: Você oferece um jantar com o melhor que tem. Ao final chega um dos convidados e faz uma crítica dessas. O que você sentiria?
Eu não ofereci nenhum jantar para Jesus, mas a "pancada" deste comentário chega a doer em mim. Como todas as demais afirmações de Jesus, esta consegue incomodar a qualquer um que a lê.
E porque incomoda? Ora, apenas pelo simples fato de que Jesus desmascara as motivações por trás de tudo que fazemos. Nos evangelhos o que você faz não é mais importante do que o motivo pelo qual você faz.
A questão que Jesus destaca é muito maior do que abrir a porta da sua casa para os marginalizados. Ele está a nos desafiar a cultivar um tipo de sentimento positivo por quem não tem nada a nos oferecer.
Sentimento gratuito não é uma postura natural da nossa humanidade caída. Somos quase que instintivamente movidos a responder positivamente somente àqueles que nos correspondem. É triste constatar que muito do que fazemos já está imbuído, mesmo que inconscientemente, da expectativa do retorno vantajoso. O fariseu que convidou Jesus simplesmente visava uma retribuição de seus colegas que tinham vontade de conhecer o rabino nazareno. No mínimo um próximo jantar na casa de outro aristocrata.
Aprender a agir favoravelmente sem esperar retorno é complicado. Amar gratuitamente é um desafio gigantesco. Mas quem disse que ser cristão é fácil?
Jorge Luiz
terça-feira, 28 de agosto de 2012
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Para que eu seja leve
Para que eu seja leve, preciso me enxergar, por mais difícil que possa ser.
Porque se enxergar é se avaliar
Mas só olha para si mesmo quem antes aprendeu a se humilhar
E do humilde vem a capacidade de se perdoar.
Para que eu seja leve, preciso me despojar, por mais difícil que possa ser.
Porque despojar é abandonar.
E abandonar exige renunciar.
Pois quem já renunciou um dia aprendeu a perdoar.
Para que eu seja leve, preciso me resignificar, por mais difícil que possa ser.
Porque se resignificar é se refazer mesmo sem merecer
E para se refazer é necessário acreditar e avançar
Mas só segue em frente quem um dia entendeu
Que para ser leve eu preciso mesmo é me perdoar.
Jorge Luiz
(Não sou poeta e tenho péssima rima. Esse texto é apenas devaneios de quem busca a leveza do ser).
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Entre acolher e cuidar
Entre acolher e cuidar existem diferenças. Contudo poucos percebem.
Quem acolhe aproxima o distante com um forte abraço e um olhar terno.
Quem acolhe evita um sorriso amarelo, pois deseja ser sincero.
Mas nem sempre quem acolhe cuida.
Porque cuidar é mais que abraçar, é também se importar.
É não somente saber seu nome, e sim transpor os montes para te encontrar.
Portanto, quem acolhe apenas pergunta como você está. Já quem cuida lhe percebe além do que aparência deixa mostrar.
Quem acolhe é simpático e expansivo, quem cuida é amoroso e compreensivo.
E quem acolhe limpa as feridas, já quem cuida pode curá-las.
Jorge Luiz
Quem acolhe aproxima o distante com um forte abraço e um olhar terno.
Quem acolhe evita um sorriso amarelo, pois deseja ser sincero.
Mas nem sempre quem acolhe cuida.
Porque cuidar é mais que abraçar, é também se importar.
É não somente saber seu nome, e sim transpor os montes para te encontrar.
Portanto, quem acolhe apenas pergunta como você está. Já quem cuida lhe percebe além do que aparência deixa mostrar.
Quem acolhe é simpático e expansivo, quem cuida é amoroso e compreensivo.
E quem acolhe limpa as feridas, já quem cuida pode curá-las.
Jorge Luiz
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Conselho do Velho Paulo ao Jovem Timóteo (2Tm)
Procurei ler a 2ª Epístola de Paulo a Timóteo não como uma lista de orientações de um pastor experimentado à um inexperiente, mas como conselhos valiosos para um jovem que deseja servir a Deus com integridade.
Independente do chamado ministerial, em todos nós há uma vocação para seguir e se inspirar em Cristo, o nosso único Senhor. Os conselhos de Paulo a Timóteo se aplicam a todos os seguidores de Cristo.
Independente do chamado ministerial, em todos nós há uma vocação para seguir e se inspirar em Cristo, o nosso único Senhor. Os conselhos de Paulo a Timóteo se aplicam a todos os seguidores de Cristo.
Dentre as orientações, destaco três que me chamaram a atenção:
1º Aquilo que fizer, faça por inteiro (2Tm 2.4-7). Nossa época é marcada por jovens que querem "abraçar o mundo" de uma só vez. São tantas atividades que acabamos vivendo com superficialidade. Coração dividido é o caminho para a superficialidade.
Quer uma vida com mais sentido e profundidade? Pois faça tudo por inteiro. Onde estiver, que não seja pela metade. Aprenda o sentido da palavra comprometimento. Uma vida cristã sem compromisso é apenas perda de tempo. Paulo nos convida ao comprometimento com o evangelho apesar das conseqüências negativas.
2º Evite debates infrutíferos e conversas tolas (vs 14-16). No contexto de Paulo para Timóteo, as conversas tolas estão associadas aos falsos ensinos sobre a volta de Cristo. Contudo, hoje há também outras conversas tolas e potencialmente nocivas. Basta dar uma breve olhada nas redes sociais para assistir o festival de "besteirol" e futilidades que cercam os assuntos. Conversas vazias tornam nossas vidas e mentes vazias. Caminhe com sabedoria e mantenha-se em silêncio quando não houver o que falar de bom e louvável. Alimente-se de bom conteúdo, leia bons livros, devore a Bíblia, converse com pessoas que edifique sua vida e sempre procure pensar de que forma você pode edificar e abençoar os outros através de sua fala.
Prefira sempre ensinar à debater. Em um debate as idéias somente se confrontam sem nenhum resultado positivo. Ensinar e aprender já reflete uma relação harmônica, pois quem ensina não quer confrontar, mas com mansidão procura compartilhar, e quem ouve humildemente se deixa ser tocado pelo ensino.
3º Fé exige convicção (2Tm 3.14-17). É estranho dizer isso, já que a fé não possui amplos dados científicos e empíricos. A fé possui uma lógica que não está atrelada aos princípios da observação científica. Contudo, Paulo afirma que a fé existe no ambiente da convicção, e não da dúvida. Ele chama o jovem Timóteo a reexaminar os fundamentos da fé, que aprendeu com sua familia, mas não para negá-los, mas para aperfeiçoá-los. Quais são os pilares da fé em Cristo que exigem total convicção? Como você interpreta as escrituras a partir da fé em Cristo? Dúvidas e questionamentos só são válidos se, centrado em Cristo, servirem como ferramentas para aperfeiçoar e fortalecer os pilares.
Em suma: Integridade, sabedoria e convicção. São estes os três principais caminho que o velho Paulo ensina ao Jovem Timóteo e a todos nós.
3º Fé exige convicção (2Tm 3.14-17). É estranho dizer isso, já que a fé não possui amplos dados científicos e empíricos. A fé possui uma lógica que não está atrelada aos princípios da observação científica. Contudo, Paulo afirma que a fé existe no ambiente da convicção, e não da dúvida. Ele chama o jovem Timóteo a reexaminar os fundamentos da fé, que aprendeu com sua familia, mas não para negá-los, mas para aperfeiçoá-los. Quais são os pilares da fé em Cristo que exigem total convicção? Como você interpreta as escrituras a partir da fé em Cristo? Dúvidas e questionamentos só são válidos se, centrado em Cristo, servirem como ferramentas para aperfeiçoar e fortalecer os pilares.
Em suma: Integridade, sabedoria e convicção. São estes os três principais caminho que o velho Paulo ensina ao Jovem Timóteo e a todos nós.
Assinar:
Postagens (Atom)